O ser humano é sensível a notícias e campanhas, mas carece
de visão objetiva na maioria dos casos, pois tem dentro de si instintos e
vontades conscientes ou não.
A preocupação com a inclusão e viabilização da dignidade das
pessoas fragilizadas por qualquer razão é uma qualificação ética que podemos e
devemos desenvolver e educar; com certeza está dentro dos ideais de liberdade,
igualdade e fraternidade, assim como nos ensinamentos dos grandes e bons
profetas, que sempre colocaram o amor ao próximo como condição essencial à fé e
ao respeito a vontades divinas.
A base de nosso planejamento deve, pois, ter como missão a universalização da inclusão com
qualidade, segurança e respeito ao ser humano.
Tratando de “Planejamento Estratégico”, não sendo uma
empresa ou organização com recursos e autoridade necessária e suficiente para
determinar ações, podemos criar um plano de ações voluntárias e de proposições
a quem de direito e poder.
Acreditamos que o essencial é educar, ou seja, nossa
prioridade absoluta é ensinar, demonstrar, motivar nossas maiores autoridades,
profissionais, políticos e empresários, qualquer cidadão ou cidadã do que
significa ser PcD ou fragilizado de alguma forma e do potencial de todos para a
vida normal se condições sociais e materiais forem criadas.
É extremamente importante lembrar que estamos numa época de
aceleração de técnicas, soluções, padrões e legislação a favor dos idosos, PcD
e de pessoas com doenças debilitantes.
Percebe-se, contudo, uma indiferença assustadora de nossas
autoridades em condições de operacionalizar soluções, talvez sufocadas por
outras prioridades e mídias. Em muitas cidades, apesar do cerco institucional
de autoridades e instituições federais, sente-se um retrocesso ou resistência
mais do que evidente, pois o discurso e decisões gerenciais priorizam outras
diretrizes, relegando a acessibilidade e a inclusão a um enésimo plano.
Precisamos, portanto, em fóruns, ONGs, empresas conscientes
(vide Fundação ABRINQ (Fundação
ABRINQ - Save the Children) ) criar projetos de
ações midiáticas e educacionais com urgência, acautelando-se de tudo o que
servir de pretexto para postergações de ações essenciais e possíveis de
imediato e dentro dos prazos de operacionalização de soluções existentes.
Do Governo Federal (Viver sem Limite) tivemos avanços
extraordinários assim como no Tribunal de Contas da União (Caribé, 2014) e na Justiça Federal
[ (Kukina M. S., 2014) , (Kukina S. L., 2014) ]. Tudo isso, entretanto, será pouco
eficaz se lideranças locais não se apaixonarem e se mobilizarem para o respeito
às leis e o aproveitamento de oportunidades de aprimoramento de cidades,
escolas, clubes etc.
Tudo o que depende de decisões de governantes e legisladores
depende de motivação midiática e pessoal (dos detentores de poder).
Em Curitiba, para exemplificar, temos muitos “Conselhos”,
ONGs e Fóruns, assim como realizamos encontros e seminários. O que conseguimos
com o que fizemos até agora?
Notamos na última mudança de governantes que os temas
“Acessibilidade” e “Inclusão” não apareceram com destaque, por quê?
Procuramos formar outros padrões de grupos de ação, o mais
recente é a “Comissão de Acessibilidade do Lions Clube de Curitiba Batel”,
onde, felizmente, reunimos pessoas em condições de atuar de forma mais eficaz.
No Instituto de Engenharia do Paraná agora encontramos ressonância nas
propostas de acessibilidade e o CREA-PR há anos dá atenção especial à
Acessibilidade.
A inclusão, contudo, depende muito mais da Educação e
vontade e disposição do Ministério Público, Poder judiciário e pessoas com
poder de decisão no Governo e fora dele, assim como da simpatia e disposição de
mestres e secretários. Nesse processo outras questões mais delicadas precisam
ser compreendidas, tais como os deveres daqueles que pretendem privilégios. No
mercado de trabalho é fundamental que qualquer pessoa procure ser competitiva,
buscando sempre a formação adequada e consideração de que a comunicação, entre
outras questões, exige esforços e treinamento adequados de todos, de parte a
parte.
Felizmente a tecnologia oferece soluções, com destaque para
o EAD (Educação e Tecnologia Assistiva - Inovação e
Dignidade ) .
Algumas universidades se aprimoram para atendimento à PcD, merecendo destaque
com louvor o Grupo Uninter, onde o SIANEE (Serviço de
Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais) já pode apresentar
uma história maravilhosa de sucesso.
Qualquer cidadão poderá identificar cursos de seu interesse
a distância de diversas maneiras. É essencial que todos compreendam que a
tendência é o refinamento dos postos de trabalho, cobrando dos postulantes mais
e mais qualidades.
Preocupante, exasperante e inacreditável é a frieza de
nossas autoridades com poder de corrigir as cidades. Nelas sentimos a exclusão
de diversas maneiras e formas. Soluções existem, algumas bastando vontade de
trabalhar e de viabilizar as cidades para a vida do pedestre, acima de tudo [ (Cascaes,
Cidade do Pedestre) , (Cascaes, Reurbanização Inclusiva) ].
Diante do cenário hostil à acessibilidade e à inclusão os
militantes da dignidade humana precisam agir com mais energia, se possível indo
às ruas e locais de discussão para manifestações enérgicas e cobranças severas.
Cascaes
18.4.2014
Caribé, S. R. (28 de 3 de 2014). O Papel do
Controle Externo na Promoção da Acessibilidade, MP de Contas junto ao TCU,
Sérgio Ricardo Costa Caribé, 3º Seminário Internacional de Acessibilidade, CREA
PR, Curitiba, . Fonte: Direitos das Pessoas com Deficiência:
http://direitodaspessoasdeficientes.blogspot.com.br/2014/03/blog-post.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Educação e Tecnologia
Assistiva - Inovação e Dignidade :
http://ta-inovacao-dignidade-autonomia.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Cidade do Pedestre:
http://cidadedopedestre.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Reurbanização Inclusiva:
http://reurbanizacao-inclusiva.blogspot.com.br/
Kukina, M. S. (28 de 3 de 2014). Direitos
prestacionais, Direitos Sociais Prestacionais, Ministro Sérgio Luiz Kukina, o
STJ e os Direitos das PcD. Fonte: Direitos das Pessoas com Deficiência:
http://direitodaspessoasdeficientes.blogspot.com.br/2014/03/direitos-prestacionais-direitos-sociais.html
Kukina, S. L. (28 de 3 de 2014). Direitos
prestacionais, Direitos Sociais Prestacionais, Ministro Sérgio Luiz Kukina, o
STJ e os Direitos das PcD, . Fonte: Direitos das Pessoas com Deficiência:
http://direitodaspessoasdeficientes.blogspot.com.br/2014/03/direitos-prestacionais-direitos-sociais.html
Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com
Necessidades Educacionais Especiais.
(s.d.). Fonte: Grupo UNINTER:
http://www.grupouninter.com.br/centrouniversitario/sianee.php
Viver sem Limite. (s.d.). Fonte: Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa
com Deficiência:
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-description%5D_0.pdf