domingo, 27 de dezembro de 2009

SCAD - Uma proposta de pesquisa e desenvolvimento

Pesquisa e desenvolvimento a favor dos deficientes auditivos
O cidadão que perde a audição passa a ser alguém à parte da vida social e política, além da exclusão profissional, é motivo de chacotas e sujeito a constrangimentos onde quer que vá. Se for idoso será mais um grande problema que enfrentará, pois, nessa fase da vida, torna-se difícil, exceto para alguns mais versáteis, aprender linguagem de sinais, no caso nosso a LIBRAS.
A criança que nasce sem a audição enfrentará uma tremenda barreira com a surdez. Além de não ouvir, dificilmente aprenderá a falar com naturalidade. Sem ouvir o que diz perde percepção de intensidade, modulação, tonalidade e harmonia. Nada impediria que essa pessoa falasse; o que a impede de falar é não poder avaliar sua fala, algo que facilmente seria resolvido se nosso potencial de pesquisa e desenvolvimento aplicasse uma fração dos recursos existentes aos deficientes auditivos.
Vivemos de modismos, a onda agora é o fim do mundo por efeito da flatulência bovina e da mente eqüina de nossos líderes. Talvez por isso os dinossauros, os grandes mamíferos e outros bichos muito grandes tenham desaparecido sobre a Terra, afinal deviam produzir CO2 e metano em abundância...
No Brasil temos os fundos setoriais geridos pelo MCT e outros passíveis de aplicação em trabalhos a favor das pessoas com deficiência. Obviamente para a indústria interessa usar esse dinheiro para o aprimoramento de seus produtos.
Visão altruísta não é natural na humanidade, alguma compensação é necessária, nem que seja prometer algum lugar no paraíso celeste. Sem benefícios evidentes deixamos de ter trabalhos que gerariam produtos de grande interesse para o povo em geral, tudo isso sem esquecer que as concessões de serviço público devem ser para proveito do povo, como nossa Constituição Cidadã estabelece.
Pagamos adicionais tarifários que formam montanhas bilionárias de recursos para P&D e sentimos pouquíssimo retorno desse dinheiro. Talvez analisando melhor os projetos aprovados e encerrados descubramos onde foi parar essa fortuna.
Podemos e temos tudo para gerar produtos a favor das pessoas com necessidades especiais. Ooops!, toquei num ponto que talvez tenha gasto a maior parte do tempo dos seminários e congressos sobre os PcD, a semântica. Usando expressões que alguns iluminados consideram inadequadas damos oportunidade a quem não tem o que dizer empatar todo mundo com arengas a favor da expressão ideal para denominar aqueles que precisam de próteses, atenção, educação, tratamentos e ambientes especiais...
Infelizmente existe de tudo, até aqueles que vivem da exploração direta e indireta dos PcD. Encontrar soluções definitivas é algo que não interessa a muita gente.
Voltando aos deficientes auditivos.
A área da deficiência auditiva é passível de produtos diferentes, novos e extraordinários graças ao estágio tecnológico da humanidade.
O que falta?
Acima de tudo precisamos de criatividade e pessoas capacitadas tecnicamente para o trabalho de P&D. Esses profissionais seriam preparados para esse trabalho a partir de alguma pesquisa em torno de equipamentos, programas e sistemas já desenvolvidos, obviamente.
Exemplificando com uma das mil hipóteses de P&D:
Um sistema de comunicação audiovisual, que denominaremos SCAD (Sistema de Conversão Analógica Digital), teria por finalidade o seguinte:
1. Apoio a pessoas com deficiência auditiva para:
a. Aprender a falar (ver e saber que som produz)
b. Acompanhar programas tendo a interpretação no próprio lap top dispensando o “closed caption” ou legenda na TV ou cinema
c. Freqüentar aulas sem tradutores para LIBRAS
d. Participação de seminários, congressos e palestras sem a necessidade de tradutor LIBRAS
2. Comunicação em emergência (ouvintes e deficientes auditivos)
3. Portarias
4. Complementação de sistemas de comunicação com o público em locais de grande concentração humana
5. Outros de acordo com a imaginação de todos nós
A importância do SCAD poderá ser avaliada se calcularmos as dificuldades que empresas comerciais encontram em atender seus clientes que carecem de uma boa audição.
Principalmente a favor do idoso, aquele que está em processo de redução auditiva, que não está preparado para leitura labial ou em LIBRAS, reforços de comunicação são importantíssimos. O idoso vai se afastando de ambientes onde sente dificuldades de comunicação. Um bom SCAD poderá reduzir significativamente as restrições de acesso a esse contingente de cidadãos, que tende a aumentar.
Em condições de emergência é muito importante fazer-se entender por um maior número de pessoas. Bons painéis poderão mostrar mensagens de alerta e orientação acrescidos de mensagens não previstas, que o operador fará usando o SCAD.
Portarias de prédios, mais e mais blindadas, mostram-se particularmente perversas para os deficientes auditivos, pois esse tipo de pessoa com necessidades especiais não é facilmente percebido e ele também precisa entender o que o porteiro diz. Aliás, qualquer portaria mostra esse problema, pois nesses lugares é normal o atendente falar discretamente, baixinho.
O custo de um SCAD depende da amplitude, do que se pretenderá fazer. Certamente não existe limite de opções de sistemas específicos, cada um demandando um tipo de display, microfone, padrão de transmissão de sinal, softwares etc.
Uma pesquisa de desenvolvimento de produtos industriais partirá, se for prudente, de uma avaliação de mercado, pois em todos existirá a equação de compromisso “custo x benefício”.
Desde um kit para auditórios até o caso mais simples de apoio a um porteiro será possível a aplicação de SCADs específicos que deverão considerar design, requisitos de operação, confiabilidade e qualidade de transmissão da informação.
Um processo de P&D deve começar pela construção de protótipos, avaliação e aprimoramento de softwares já desenvolvidos e criação de outros para utilização personalizada. Isso significa a necessidade de muito dinheiro para um trabalho sério, que pretenda ser bem sucedido, daí a importância de fundos de desenvolvimento como os oferecidos pelo FINEP. Ou seja, o processo de pesquisa será subdivido de modo a chegar a um produto capaz de atender o mercado pretendido.
Concluindo podemos, pedimos, encarecemos a quem tem poder e disposição para ajudar as pessoas com deficiência auditiva que entrem em contato conosco, sabemos e queremos ajudar projetos de P&D.

João Carlos Cascaes
Curitiba, 26.12.2009
jccascaes@gmail.com
Diretor técnico da ABDC
http://www.abdcbrasil.com.br
http://www.joaocarloscascaes.com
http://direitodaspessoasdeficientes.blogspot.com
http://surdosegentequeluta.blogspot.com

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Comissão do Conselho Federal lança campanha de valorização da Pessoa com deficiência

OAB Federal

Comissão do Conselho Federal lança campanha de valorização da Pessoa com deficiência

Inserida em 24/6/2009

A Comissão Especial dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da OAB Federal, lançou uma campanha de valorização dos deficientes que vai envolver todas as seccionais que dispõem de uma comissão sobre o tema, como é o caso da Seccional fluminense. O lançamento aconteceu durante a reunião mensal do Conselho Federal, realizada na OAB/RJ, e contou com a presença do presidente Cezar Britto.O primeiro passo do projeto foi a confecção de banners informativos sobre as dificuldades por que passam os deficientes e sobre os seus direitos. Em agosto, acontece a segunda etapa, que vai reunir, em Piauí, as comissões das seccionais envolvidas com o tema. O presidente da Comissão do Conselho Federal, Frederico Gracia, explicou que a cidade foi escolhida devido ao grande número de deficientes entre os moradores. "Piauí é uma cidade cuja população é composta por 53% de deficientes. É, portanto, um lugar emblemático para discutirmos os direitos dos portadores de deficiência."O presidente lembrou que 80% dos deficientes pertencem às classes com menos recursos financeiros e com menos instrução formal, o que torna campanhas como esta ainda mais importantes para conscientizar a população e estimular o Judiciário a discutir o tema. Também presente no lançamento, o presidente na Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB/RJ (CDPD), Geraldo Nogueira, afirmou que a expectativa é que, com a ação, mais pessoas procurem se informar sobre seus direitos, e garantiu que a CDPD estará preparada para prestar quaisquer esclarecimentos. "A Comissão vai se empenhar para ajudar na divulgação da campanha e para atender e representar os deficientes que buscam seus direitos."



Abraço
Regiane de Cássia Ruivo MaturoGerência de Responsabilidade SocialServiço Social da Indústria - SESI/PR - www.sesi.org.brE-mail: regiane.maturo@sesipr.org.brTelefone: +55 (41) 3271-9237 cel 8866-7404Skipe: regiane.maturo
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sexta-feira, 26 de junho de 2009

ABNT e calçadas brasileiras

Norma da ABNT vai melhorar qualidade das calçadas brasileiras

Direito Público 26/06/2009
Comissão técnica da ABNT começa a discutir os textos de norma inédita nessa área, no mundo, para assentamento de pisos intertravados de concreto; expectativa dos técnicos é de melhoria na qualidade das execuções das obras

A principal fonte de problemas de calçadas e ruas pavimentadas com pisos intertravados de concreto está com os dias contados para desaparecer. É que neste mês de junho começaram as reuniões de trabalho da Comissão Técnica do Comitê Brasileiro 18 (CB 18), responsável pela normalização na área de concreto da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e encarregada de discutir e tratar da redação da norma brasileira de assentamento de pisos intertravados de concreto. Essa será a primeira norma mundial nesse segmento: nem Estados Unidos ou Europa possuem normalização de assentamento de pisos.

Boa parte das deficiências encontradas em calçadas e ruas pavimentadas com pisos intertravados em concreto deve-se à execução de má qualidade, feita por empresas e profissionais que não cumprem os procedimentos corretos para esse tipo de serviço, de acordo com o arquiteto Carlos Alberto Tauil, diretor executivo da Bloco Brasil (Associação Nacional dos Fabricantes de Blocos de Concreto). “Quando a norma estiver publicada, essa situação deverá melhorar consideravelmente, porque os órgãos públicos, por exemplo, poderão fiscalizar se a execução dos seguiu as exigências da norma e se a qualidade dos produtos atende ao especificado pela ABNT, cuja normalização tem força de lei no Brasil”, avalia o engenheiro Claudio Oliveira, gerente de Indústria – Pré-fabricados de Concreto, da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e integrante da Comissão Técnica que começa a discutir a norma para essa área.

A norma de assentamento está sendo desenvolvida com a participação da cadeia produtiva setorial (fabricantes de pisos de concreto, fornecedores de cimento, agregados e demais insumos, e projetistas, entre outros) e de consumidores. Esse procedimento, segundo a engenheira Inês Battagin, superintendente do CB 18, é necessário para que a norma seja feita de forma mais eficiente e com a participação mais ampla possível. Além dela, será feita também a revisão das duas normas existentes na área, de peças de concreto para pavimentação: uma de especificação dos produtos (NBR 9781/87) e outra de métodos de ensaio (NBR 9780/87), visando à sua atualização e aperfeiçoamento.

Após a publicação da norma pela ABNT - em prazo que pode variar de seis meses a um ano -, ela terá de ser incluída obrigatoriamente nos editais de órgãos públicos, como prefeituras, por exemplo, ao contratarem os serviços de execução de calçadas e de pavimentação de ruas com pisos intertravados de concreto.

“Haverá, sem dúvida, uma melhoria muito grande na qualidade da pavimentação com pisos intertravados de concreto aplicados em calçadas e ruas”, dizem os engenheiros Cláudio Oliveira, da ABCP, e Inês Battagin, do CB 18/ABNT.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Aprovação de obras em Uberlândia - MG

Treinamento - Educação

As dificuldades do Deficiente Auditivo

Cadastro a favor dos deficientes

DAIKEN - Sérgio Yamawaki

Normas importantes para os deficientes

ABNT, Normas e plataformas

Tubos e plataformas

Corrigir elevadores

NBR 9050 - detalhes importantes



Calçadas do CREA-PR em Curitiba

REATECH 2009

Dificuldades para visitar a Reatech

Carros para deficientes

terça-feira, 31 de março de 2009

Reunião CREA-PR









Programação para 2009

Auditoria Técnica em Acessibilidade

O ambiente urbano e o deficiente

As calçadas

Propostas à PMC pela ADFP

Semântica

Calçada do CREA-PR

Pessoas surdas e os desafios para a inclusão

TV BrasilGov 1,1 mi de inscritos INSCRITO Saiba Mais explica os desafios e preconceitos enfrentados pela pessoa surda. A diretora de Pol...